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10 de jul. de 2018

Em sete meses, Piauí já registra 78% do número de casos de feminicídio do ano passado

Iarla Lima foi assassinada pelo namorado no Piauí (Foto: Reprodução/TV Clube)Os números de casos de feminicídio no Piauí são alarmantes. Até julho deste ano foram registrados 18 casos no estado, sendo nove em Teresina e nove no interior. Este índice representa 78% dos casos registrados em 2017.
Mulheres que sofreram na pele a tentativa de serem mortas têm relatos fortes. Muitas vezes o próprio namorado, companheiro ou marido é o potencial assassino.
“Ele era muito ciumento. No início até dava para controlar. Mas depois foi ficando cada vez pior, piorando cada vez mais. Eu achava que era tudo loucura da cabeça dele, que ele não teria coragem de fazer, mas não foi assim. Ele foi frio, planejou tudo. Naquele dia, a intenção dele era me matar. Ele dizia que o dia que ele morresse, eu ia morrer também. Se eu não fosse dele, eu não seria de mais ninguém”, relatou uma vítima.
O relato acima é de uma mulher que só não morreu, porque o companheiro ao efetuar três disparos imaginou que ela já estivesse morta. Ele tirou a própria vida em seguida.
Em 2015, o ato de matar uma mulher por ser mulher passou a ser chamado de feminicídio – uma qualificadora do crime que aumenta a pena do assassino.Em 19 de junho, fez um ano do assassinato de Iarla Lima. Ela foi atingida com quatro disparos pelo namorado e o corpo foi encontrado no carro dele, no apartamento onde morava.
“Só Deus para segurar a gente. Ela foi sempre inteligente. Se a gente for analisando tudo e chegar num ponto que a gente perder essa pessoa que a gente ama, é difícil demais”, disse Dulcineia Lima, mãe de Iarla.Camilla Abreu desapareceu em 25 de outubro de 2017, o corpo só foi encontrado no dia 31. Foi agredida e torturada antes de receber um tiro na cabeça. O pai dela, Jean Carlos, disse que desde o assassinato, a família não voltou a ser a mesma.
“Só eu sei a dor, porque a família passa. Você vê meu pai, está aqui sofrendo, minha mãe adoentada, meu pai com depressão, meus irmãos doentes, acabou com a nossa família”, declarou o pai de Camilla.
O avô de Camila, Carlito Abreu, disse que havia alertado a neta sobre o namorado, que a agredia e do risco dela ser morta.

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